A LICENÇA DE ISQUEIRO

(frente e verso)

Até 1969, vigorou em Portugal uma lei que obrigava a ter licença, para qualquer acendedor ou isqueiro. Mesmo a "perderneira", um acendedor artesanal (constituído por uma pedra de quartzo, um ferro e um bugalho), usada principalmente por camponeses, estava sujeita a esta lei e respectiva multa, em caso de omissão.

Tratava-se duma lei que apenas tinha a intenção de proteger as Fosforeiras.

Pouca gente tirava essa famigerada licença. Mas havia os zelosos servidores do Estado Novo, que sempre faziam questão de cumprir as determinações estatais, por mais obsoletas ou caricatas que fossem.

O exemplar aqui produzido pertenceu a um desses cidadãos de Lagos. O respectivo nome e endereço foram rasurados.


Comentários

francisco disse…
Boa "lembradura" essa.
E repare-se como as normas incitavam à bufaria.


Tenho por cá, é uma licença de pastoreio.
LopesCaBlog disse…
Licença de isqueiro, interessante :)
F Nando disse…
E ai de quem não tivesse a dita licença e fosse apanhado com o dito isqueiro aceso!
vieira calado disse…
Pois Chico, também é de publicar
essa licença!

Dava para guardar porcos?
Fay van Gelder disse…
Já tinha ouvido falar, mas pessoalmente sou muito novinha para o ter vivido, ehhhh

Bjo
Anjo De Cor disse…
Desconhecia a necessidade dessa licença ;) aqui apreende-se ;)
Beijinhos e gostei da foto ;)
Ora aqui est´algo de que o meu pai me falou! É fantástico! E mais, o despudor com que se faz uma coisa destas. Temos, hoje, coisas destas aos montes, veladas, sofsticadas, tudo para ajudar o cidadão, tudo simplex!
Vieira,
Este documento é uma verdadeira preciosidade, e que deve ser bem conservado dado o valor histórico que terá actualmente.
Abraço.

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