BALUARTE

Estas paredes preservam o modelo antigo das casas o método tradicional do corpo instituído por analogia às árvores um envelope para guardar a seiva a estrutura íntima das flores em sua esfinge Têm as raízes na terra como as memórias dum rio, uma transparência donde se vê o fundo a sombra célere enigmática das margens Mantêm a dignidade vertical dum lírio como um poço de vertigens, uma faísca que perdura e a mesma janela descerrada uma onda transviada em mera dispersão da luz, como o fazem os fogos da paixão que permanecem pelas bermas dos caminhos. vieira calado