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eremitas eremitérios alucinações

variações sobre um espelho vou reconstituir o rosto que encontrei num espelho estilhaçado no chão. pergunto à eternidade se há inconveniente em que reconstitua o rosto que encontrei  num  espelho estilhaçado no chão empedrado. enquanto  aguardo resposta da eternidade sobre se há inconveniente em reconstituir um rosto reconstituo o rosto que encontrei num espelho estilhaçado no chão empedrado que de polido pelos passos espelha a luz.

NATAL DOS SEM ABRIGO

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eremitas eremitérios alucinações

ensaio sobre uma porta e uma chave consegui na minha vida serem minhas uma porta e uma chave. à noite fecho a porta e liberto-me -  pela manhã abro a porta e fecho-a  e saio de mão no bolso apertando o porta- chave. não me atrevo a excluir a hipótese de já ter estado ao alcance de uma não-porta e de uma não-chave.

5 POETAS DE LAGOS

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ESTÁ PUBLICADO O NONO VOLUME DE " 5 POETAS DE LAGOS ". Na presente edição colaboraram:  Afonso Dias, Maurício Sintra, Réjo Marpa, Manuela Lobato e Cláudia Silva. A apresentação do livro e dos autores esteve a cargo de Cristiano Cerol,  no Centro Cultural de Lagos, e leva a chancela do Grupo dos Amigos de Lagos . Teve a participação de Paulo Galvão,  que interpretou, primorosamente e com grande rigor,  várias peças em guitarra clássica.

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cansaço: nos lugares e tempos mais improváveis sob diversas formas e diversos nomes estou sempre a dar de caras comigo. pouco me importo se estou a dizer e fazer coisas já por outros ditas e feitas. não me vou cansar na tentativa vã  de dizer ou fazer de outra maneira coisas já ditas e feitas. sei lá o que estou a dizer ou a fazer. aí vinha eu:( escondo-me).

eremitas eremitérios alucinações

poderia ir aqui ou ali a lugares gratos reencontrar-me comigo: para dizer o quê um ao outro.  à ansiada romagem combinada entre mim e mim próprio a lugar justificativo da minha existência apenas eu compareci. rigor    apenas consigo próprio: quanto mais rigor mais desprendimento. o músico não criou um sopro que poderia sugerir a alguns um  pássaro mas foi sim um adrede e momentâneo pássaro (todo o acontecimento além-cosmos tendendo para a eternidade o que acontece não acontece) que produziu através dele  uma única nota   única e insequencial  do além-cosmos - onde não os  havendo não há  arte dos sentidos.

Aí está a Feira Franca (6)

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Os carroceis A roda gigante, ao fundo. Compra um... leva dois!

FEIRA FRANCA (5)

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Para rivalizar com o "Poço da Morte",  surgiu "A Esfera da Morte",  nas feiras dos anos 50 e 60. Na gravura, o protagonista, José Martins,  um destacado antigo ciclista das Voltas a Portugal

eremitas eremitérios alucinações

impaciente  por um filho mental resignou-se a que ele fosse  testicular. para quê acelerar o passo    ou mesmo andar. não precisavam de ser sustentados mas ficava-lhes bem o vaivém do sutiã de rendilhada espuma: (esse tipo de onda rasa     de cadenciada sonoridade adormecedora    não permite que eu surfando sem prancha  faça  o mesmo).

FREDERICO FÉLIX

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NA POSTAGEM ANTERIOR REFERIMOS FREDERICO FÉLIX,  ESSE GRANDE IMAGINATIVO E PERCURSOR DA INDÚSTRIA HOTELEIRA  (OU SIMILARES), EM LAGOS.  CREIO PODER DIZER QUE ESTA FOTOGRAFIA É DELE,  ENQUANTO JOVEM (TALVEZ ANOS 20) AQUI FICA A MINHA SINGELA HOMENAGEM.

FEIRA FRANCA (4)

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APROXIMA-SE A FEIRA FRANCA DE LAGOS. SEM O BRILHO DE OUTROS TEMPOS... MAS OS CARRINHO-DE-CHOQUE NÃO PODEM FALTAR

FEIRA FRANCA (4)

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VENDEDOR DE BANHA DE COBRA Quem se lembra deste remédio miraculoso que dava para quase tudo? No entanto, parece que era especialmente eficaz para moléstias da pele,  pois o homem não se fartava de gritar esse remédio santo para SARNA SARNICA MAL-DE-PELE  E PICA-PICA!

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não tendo em criança sido obrigado à aprendizagem de manuseamento do binómio garfo-faca e durante a vida adulta achado inútil tal aquisição: fiquei livre para perceber até que ponto é inestético esse preceito civilizacional. ia pela terra chamada Lagos quando ao virar da esquina para a Rua da Zorra me aparece Deus face a face declarando sou Deus: credo Deus assustou-me parecia-me um gay no engate. como empresário sou o criador do mais moderno conceito em restauração para elites evoluídas e despreconceituadas: o cliente baixa a roupa de baixo e senta-se numa cadeira especial directamente ligada à rede de esgotos: assim não tem de produzir a ritual ridícula imbecil comunicação de que vai fazer um xixi.

FEIRA FRANCA (3)

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O RAIO DE POLVO Não sei quem é este artista.  Mas não é, de certeza, o Frederico Félix (mais conhecido por Fedrico Feles), o homem que inventou o top amaricano e promoveu e vendia os célebres canairinhos da Guiné, além do raio de polvo e outras especialidades gastronómicas... em tudo quanto era feiras, mercados e festas de aldeia, no Concelho.

Proibição da burka, no Algarve

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A 28 de Setembro de 1882, o Governo Civil de Faro, presidido por Júlio Lourenço Pinto, ordenou a proibição do biôco (ou biuco) no Algarve - uma reminiscência da burka e do chandor, e que certamente ainda vinham dos tempos já remotos da ocupação árabe. O biôco era muito comum, um pouco por todo o lado, mas particularmente usado pelas mulheres de Olhão e, segundo informações, ainda nos meados do século passado, era possível vê-lo na Vila de Olhão da Restauração. No entanto, aquando da proibição, eram também usados noutros pontos do país.

eremitas eremitérios alucinações

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se arrefece: arrefece    se aquece: aquece    se há guerra: há guerra:   todo o tempo que faz é o tempo que faz: razão para deixar isso com ele e dormir quando durmo e não dormir quando não durmo. pelo que ouvi parece-me um pássaro  pelo que vi parece-me um pássaro  pelo que senti duvido que seja um pássaro. estar aqui ou estar aqui    ser isto ou ser isto. o relâmpago do irreal: eu que o senti confesso ter sido alucinação o que senti. (transposição para volume de uma peça literária já aqui publicada e agora acrescentada de uma terceira parte que foi resposta a dois comentários) os três filósofos jogadores de carta puxam a sua carta põem-na ao alcance do olhar e de pé ficam horas até que um deles a devolva ao bolso no que é seguido pelos outros: silenciosos como chegaram afastam-se cada um para seu lado. (nunca tendo qualquer deles apresentado publicamente as suas ideias esta é considerada muito justamente uma obra de grupo: as três cartas com que jog

GUERRA DE 14

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p Manobras militares, no Algarve,  com vista à preparação para a Guerra de 14. Por estes dias  é a comemoração do Centenário da Primeira Grande Guerra Mundial - em que participaram tropas portuguesas -. (Sem mais palavras...)

FEIRA FRANCA (2)

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Este pobre homem (nascido em Moçambique) tinha dois metros e trinta e seis centímetros, de altura e, então, era considerado o homem mais alto do Mundo! Nos últimos anos da sua vida, andava por feiras francas e outras, e era exposto ao público que ia ver "o gigante" que, coitado, de tão desproporcionado fisicamente, mal podia levantar-se...

FEIRA FRANCA (1)

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Muito popular nos anos 50 e 60. Será que ainda vem à Feira Franca?

UNIVERSIDADE DE LAGOS

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photo f. castelo TESOUROS NA MATA DE BARÃO DE SÃO JOÃO RELATÓRIO Prosseguem em bom ritmo as pesquisas que a Universidade de Lagos em boa hora iniciou há três anos na Mata de Barão de São João e embora do principal objectivo, o tesouro do pirata Francis Drake, ainda não tivéssemos alcançado qualquer resultado, um tesouro inesperado apareceu que vem abrir vastas perspectivas  quer em termos científicos quer em possibilidades económicas para aquela localidade um pouco descriminada pelas forças vivas e pela intelitgenzia lacobrigenses. Como as excelentes photos de Carl Zimmerling bem documentam, os objectos descobertos parecem ser fósseis de xisto, e na cerca de meia centena de exemplares já recolhidos todos eles parecem ser de frutos. Aguardamos a todo o momento a chegada do equipamento para se proceder à sua datação e estamos seguros que a surpresa que daí advirá, fará aumentar o fluxo dos que à simpática localidade se deslocam para apreciar outros tesour

eremitas eremitérios alucinações

eremita a baba  da frase é seda  que constrói o casulo. eremitérios na peixaria as sardinhas são frescas e de captura já no talho tinham cara de aviário as ratazanas. alucinações furei as bordas dos  canos  e  passei-lhes um cadeado e voltei à cama julgando que iria dormir repousadamente: mas acometido por remorsos retirei o cadeado e voltei a calçar as botas modelo gnr-cavalaria e deito-me de novo: recorrera aquela solução pois as botas deixadas aos pés da cama tinham tomado isso como castigo e retaliando passavam a noite percorrendo o espaço do T0 em cadência militar num incomodativo tilintar de esporas.  

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE LAGOS COMUNIDADE ESTRANGEIRA PASSEIO DOS POETAS

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NA MATA DE BARÃO  DE SÃO JOÃO  FESTA  PARA  ANGARIAÇÃO DE FUNDOS DESTINADOS AOS VOLUNTÁRIOS DE LAGOS Vários dias antes notara discretas estacas atanchadas com numeração de um a seis em certos pontos do Passeio dos Poetas: 1-poema de Paulo Galvão 2- poema de Natividade Evangelista 3- curva entre Maria Fátima e Domingos Pestana 5- frente às caras gravadas nas pedras 6- poemas de Cristiano Cerol, Nídio Duarte e Aurélio Porto. Só percebi no dia da festa que se tratava do posicionamento dos músicos. Sem amplificação sonora, música complementando o carácter do ambiente.   A ideia desta festa partiu da cidadã britânica Carole Henchy que pensou, após um incêndio recente em Barão de São João, realizá-la para angariação de fundos para os Bombeiros.        Local Petite Histoire:  com o mesmo fim, em 1974 tinha eu incluindo nas retomadas Festas de Barão, O Dia do Bombeiro.  Naquela época  fechada ( “filha arranja-te

MORREU FERNANDO CABRITA

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Fernando Cabrita foi um dos maiores jogadores de futebol do seu tempo. Era natural de Lagos e começou a sua carreira no Esperança de Lagos. Mas cedo mudou de ares e foi representar o Olhanense, que militava na 1ª Divisão.  Daí seguiu para o Sporting da Covilhã, também da divisão principal do futebol luso.  O seu talento levou-o a França, para representar o Angers, regressando, ao fim de 2 anos, à Covilhã (e terá sido dos primeiros portugueses a actuar no estrangeiro...). Representou, por várias vezes, a Equipa Nacional, numa época em que muito dificilmente representava o país, quem não jogasse num dos chamados 4 Grandes, de então.  Depois de ter abandonado o futebol, como jogador, enveredou pela profissão treinador. Morreu, em Lisboa, recentemente. aos 91 anos.  Glória ao seu nome! Paz à sua alma de lacobrigense!

apontamento de Setembro

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num destes dias de neblina pela manhã adentro, deu-me para ir ao Forte, subir e olhar com olhos de outro tempo a ribeira, a baía, a cidade, o cais, a praia  recordar-me menina a andar por ali, acima e abaixo, e como era tão diverso o que então olhava o casario que descia, desarrumado e fedendo, junto à muralha e até ao cais, e a ribeira espraiada a lamber o murete da Barroca, e a lamber tudo, antes e depois, e mais além o vulto da praça do peixe quase iguais ao que eram dantes, estão  as rochas mas apenas quase   que nelas, além da mão do homem, se dá a mão da natureza mas, ainda assim, fica o encanto de serem quase tal e qual como eram dantes e,   na maré vazia,  ainda podermos passear entre a  Batata e os Estudantes 

TerraLuz

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Está publicado o livro TerraLuz ,  editado pela Casa do Algarve, em Lisboa. O livro tem 420 páginas, e mais de 50 actuais poetas nascidos,  que vivam ou tenham vivido no Algarve. Será apresentado, em Faro, no Clube Farense,  no dia 19 de Outubro, pelas 17 horas.  Depois em Lisboa, na Academia Recreativa de Santo Amaro,  no dia 1 de Novembro, pelas 15 horas. Pode ser adquirido por correio, pelo preço de 10 euros,  na Casa do Algarve,  Av. de Ceuta, Lote 14 Loja 2, 1350-410 Lisboa  ou pedido através dos telefones 213423240 ou 933423244  ou pelo e:mail casaalgarvelisboa@sapo.pt

eremitas eremitérios alucinações

eremitas dispondo um milhão de latas de sardinhas em conserva  bem encostadas umas às outras não conseguimos dizem os especialistas obter um cardume. eremitérios se tudo já foi dito porque continuam a escrever os que escrevem?: para pôr-se à disposição do relâmpago do irreal prometido aos não-empreiteiros da escrita. alucinações chego pontualmente às dez todos os dias e começo a pôr no carro as coisas: às treze tenho o carro repleto e paro para comer uma quisch no espaço da padaria (descanso olhando se há alguma coisa para ver em volta e vendo que não vejo o que não há): às catorze começo a recolocar uma a uma cada coisa no lugar em que estava: pontualmente às dezassete deixo o carro com bananas e outras frutas junto ao espaço próprio e saio mostrando na caixa que não trago nada.   Passeio dos Poetas- Mata de Barão de São João

eremita eremitérios alucinações

eremita se pudesse acreditar em deus seria possivelmente  feliz: mas seria  desonesto facilitar o jogo de tal maneira. eremitérios as previsões do tempo anunciam-se muito propícias à excitação dos pirómanos e dos estivantes - captadores- de imagens e dos beijinhoqueiros. alucinações sentado num monchiqueiro banco em tesoura com o pé direito suspenso a meia altura: devolvê-lo ao chão significaria registar-se uma pegada e toda a pegada  é início de uma espiral. (antecipando o cansaço peço à mulher que vem duas horas por semana que me ate a ponta de uma corda na coxa e a outra num prego do tecto). (ignorava que se podia postar atrás de outra postagem mas f.castelo fê-lo, contrapondo à de carl zimmerling uma outra versão do “fotógrafo” de xico roxo -ver duas postagens logo abaixo. aqui do lado direito em claustrofobias veja o excelente ensaio sobre fotografia do fotógrafo lacobrigense criador da Fototeca Municipal – desculpas prévias se me tiver equivocado).
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XICO ROXO E OS GATOS COM O JANEIRO fotos Carl Zimmerling                                          O último casal de gatos em actividade foi a obra que Xico Roxo apresentou para a exposição ARTISTAS DE BARÃO deste ano e colocou-a no telhado  (o pormenor das telhas revolvidas)  ao lado do bar Atabai. Na esquina em baixo a muito sugestiva postura de um dos muitos visitantes a recolher imagens (o pormenor dos óculos), talvez espantado ao aprender que os gatos não eram produzidos nos supermercados. Já na exposição do ano anterior tinha representado, com muita felicidade, uma outra marca da realidade local, o conhecido Chico Lourenço, personalidade marcante que pode ser vista ao vivo sentado à porta do Café Central ou, na versão Xico Roxo, junto ao bebedouro contíguo aos tanques de lavar, Xico Roxo que, com deodato, gravou na pedra os poemas do PASSEIO DOS POETAS,  na Mata de Barão de São João.  (gatos que não incomodam ninguém).