nem mestre /nem aluno

                                                

 SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA
INCÓGNITO
NO TEATRO LETHES
EM FARO


Os senhores não podem aqui estar este lugar é reservado a entidades oficiais.
-Eu sou o Secretário de Estado da Cultura.
-Queira desculpar.

Não demorou muito aparece esbaforido o primeiro delegado
 Regional da Cultura no Algarve, Tomaz Ribas, que exclama: Ah! és tu!

Este “tu” era Joaquim Benite, que me telefonara para ir ver o seu mais recente trabalho.
Na verdade, ele poderia ter ocupado o cargo não fora considerar que era mais importante o que estava a fazer na construção do seu Teatro Municipal de Almada.

Para o qual tinha sido convidado por membro de relevo simultâneamente do Governo e da Maçonaria.

Joaquim Benite era propenso a estes rasgos: quando arrancou das mãos o programa que numa estreia em Lisboa, um empregado entregara a uma célebre jornalista da altura, Vera Lagoa, declarando que o crítico teatral ali presente era ele. Ou quando despejou champanhe nas mamas da Natália Correia, conhecida poetisa e deputada.



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