HOMENAGEM A LAURETE FONSECA


A anunciada homenagem à cidadã lacobrigense, Laurete Fonseca, foi uma cerimónia de grande dignidade e uma justa homenagem, por parte da Câmara Municipal de Lagos.
Homenageada, o ano passado, pela Mairie de Massi, nos arredores de Paris, onde vivera, e onde desenvolvera a sua meritória e relevante actividade em prol de imigrantes, foi aí atribuído o seu nome à mais importante álea do Parc Urbain George Brassens, da cidade.
Já anteriormente, tivera lugar uma manifestação, a seu favor, por anónimos e entidades diversas, genericamente defensoras dos Direitos Humanos, exigindo que o governo francês retrocedesse na intenção de expulsá-la do país, sob pretexto de ela não ter passaporte ou autorização para residir em França.
De notar que, dos cinco filhos do casal, dois nasceram em Portugal, o José Carlos e o Pedro Miguel, dois na Argélia, o Paulo Jorge e o Luís Filipe e, a única filha, Ana Valeri, já em França.
Mas o guverno francês nunca conseguiu levar por deante a intenção de expulsar a Laurete, do país. Porque, entretanto, a par do grande movimento de solidariedade que se gerou à sua volta, por parte de democratas franceses, portugueses e outros, alguns dos melhores e mais conceituados advogados do país (como também veio a acontecer por cá…), tomaram em mãos, o caso, graciosamente, e conseguiram adiar a situação. sine die.
Da minha parte, eu, que observei, em casa da Laurete e do Carlos, alguns episódios do que ia acontecendo, apenas um reparo:
O Maire de Massi, no documento produzido para a homenagem póstuma que lhe foi feita, referia-se à valiosa contribuição da Laurete, para com os imigrantes portugueses, carentes de informação e meios para regularizarem a sua permanência, e obter trabalho em França.




















A homenagem em Massi, França
Mas essa mulher fez mais do que isso. A sua porta estava sempre aberta para atender a todos, quer fossem portugueses, magrebinos, africanos, ou outros.
Esta circunstância é, quanto a mim, da maior importância, porque revela o carácter universalista, sempre patenteado pela homenageada.
*


A homenagem terminou com a atribuição do seu nome, 
a uma das novas ruas de Lagos.
E a menção (DEFENSORA DOS DIREITOS DOS IMIGRANTES EM FRANÇA) 
é que está correcta.


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