eremitas eremitérios alucinações
eremitérios
(variações sobre o tema “a
rocha de sagres”)
palmas das mãos assentes de escarapela na cabeça de um continente: à
primeira claridade apercebo a presença do sargo que me foi oferecido por arívora
ave de arribação que entretanto retomou o rumo sem que tenhamos falado: não se
pode dizer que seja uma comedora de ar ele flui-lhe pelo seu interior e a sua
morfologia não reconhece fome ou saciedade.
UNIVERSIDADE DE LAGOS
A Freguesia
tem muitos pobres e poucos milionários.
A
cultura acaba com os pobres transformando todos os merdosos em milionários
photo f.castelo
ANFITHEATRO 1:
FOTOGRAFIA
Do fotógrafo
F.Castelo que assina a foto deste espaço, recebi um dia convite para colaborar
neste Blog Lagos.pt.
Amigo Francisco:
agradeço a abertura que me proporcionou, graças à qual tenho passado o resto do
tempo que me falta sem ser a choramingar o faduncho do incompreendido, coisa
muito cultivada na época que foi a minha. Utilizando a sua sugestiva marca:
saúde.
ANFITHEATRO 2:
CONFERÊNCIA DITADURA E DEMOCRACIA
foto f.castelo
- Senhor Reitor é
verdade que na Universidade de Lagos não se pagam inscrições nem propinas?
- O Reitor é José
Carlos Vasques. É verdade sim senhor Presidente.
- Então inscreva-me.
E já agora também os meus colegas da Junta.
- Muito bem. E
marco-lhe já um trabalho em que estudará a corrupção em ditadura e em
democracia. Existiu em ditadura um BPN? E, na minha qualidade de Honoris Dux,
fico esperando
que conclua que a ditadura é antinatural porque impede o acesso
de qualquer um à corrupção.
ANFITHEATRO 3: GUERRA
DE RELIGIÕES
Uma parte dos brancos
da Europa acreditou no judeu Cristo e outra parte no judeu Marx. Os judeus não
acreditaram nem num nem noutro mas, espertos, acreditaram que seria um produto óptimo para exportação.
ANFITHEATRO 4:
ASTRONOMIA
Em Astronomia Algarve,
de Vieira Calado, no lado direito desta página, conheça a astrónoma egípcia
HIPATIA assassinada por seus
compatriotas de religião cristã.
COMANDANTE DEODATO
este olhar que
compreende a volatilidade da memória colectiva.
uma sociedade que não
vê nestes generais-empresários que vêm salvar o estado português os terroristas
de ontem e que volta a embarcar na invasão das terras dos outros.
Não se conhece a
posição da negra Angola, que aspira a ser líder do Continente Africano, quanto
a esta intervenção dos brancos franceses e portugueses ex-colonialistas.
Será que vêem nestas
acções uma maneira de limpar terreno sem sujarem as mãos? Aproveitando a
presença de civis angolanos brancos no governo português teriam eles negociado esse empenhamento
a troco de importantes investimentos?
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