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A mostrar mensagens de julho, 2011

Chamou-lhe um Figo

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figos lampos de S. João Já lá vai o tempo em que era comum iniciar o dia comendo figos secos e bebendo aguardente. Era o mata-bicho, em uso na serra, no barrocal, e no litoral algarvio. Estas infrutescências doces, muito nutritivas, a que chamamos figos, comidos secos ou frescos, tiveram uma importância crucial durante um longo período da história da humanidade e, na parte que nos toca, grande impacto na economia dos povos mediterrânicos. Os figos são ricos em açúcares (glucose, fructose e sacarose), que atingem 20% do seu peso em fresco e 60% em seco, pelo que sempre foram uma produção de valor. A figueira, árvore de exterior, dá-se bem nos climas temperados sobre terrenos fundos de origem calcária. Existem dezenas de variedades de figos, sendo mais adiantados os orjais , os lampos , os marquese s e os pedrais , e mais tardios os sufenos . figueira lampa Da longa lista de variedades existentes no nosso país, encontramos facilmente referências das seguintes: algarve, branc

ARTISTAS - VERA GONÇALVES

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a arte pode dar-nos momentos nunca antes experimentados uma sua obra , AS CADEIRAS DO PODER marca a rotunda de umas principais artérias de lagos. instalou-se na cidade, quando vários artistas vieram seguir um projeto de joão cutileiro, "a escola da pedra". estava-se na efervescência de 74 e todos viviam num sobressalto criativo e de empenhamento da arte no definir de uma sociedade. foi dessa época o momento em que a arte mais se expandiu. as "bienais de lagos " tinham audiência nacional, devido precisamente a esse enriquecimento exterior, já que os locais que se dedicavam a fazer alguma coisa, se poderiam contar pelos dedos de uma só mão. foto inês silva - ccl se quisermos poderemos considerar a actual Mala, também uma exposição bienal, como a herdeira da outra, mas agora, sendo expressão local de todos aqueles que se fixaram e todos aqueles que inspirados no exemplo pensaram ser artistas. uma sequência lógica que deverá chegar ao seu alvo, quando o que é

DUVAL PESTANA - O TEATRO

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A prática da leitura e da regulação de voz exercitou-as ao ler as legendas de cinema, para grupo de conserveiras de Olhão analfabetas, que à porta do cinema contratavam os jovens liceais para esse efeito. A projeção de voz aprendeu-a com José Cabral de Lagos, filho do médico José Cabral, família conhecida de Lagos, que convidava os seus pais a passeios de automóvel e que, tendo feito parte dos coros de São Carlos, mal nele entrava, começava a cantar ópera. O jovem passou a acompanha-lo.   foto inês silva - ccl A cada apresentação do produto final da Oficina Municipal de Iniciação à Expressão Dramática, o que se diz sempre é que é pena haver poucos espetáculos por falta de público interessado. A verdade é que percentualmente não há menos público em Lagos do que em Lisboa, e que a quantidade de pessoas que assiste é já o resultado de um trabalho continuado que se foi impondo. E se tomarmos em consideração que Duval Pestana não faz concessões no género de teatro que cultiva, p

VIEIRA CALADO - esta 6ª 15/17 h

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foto f.castelo                  respondendo à interrogação que se colocava posso esclarecer que efectivamente o mamífero humano tem um predador e efectivamente não visível: a que apenas lhe escapam as partículas ínfimas constituintes da matéria - daí haver quem sustente que são elas o universal predador de tudo o que toma forma: alguns humanos chamam-no pelo arcaico nome morte e outros deus. Vieira Calado vai estar nos antigos Paços do Concelho, entre as 15 e as 17 horas desta 6ª feira, para o encerramento da sua exposição, onde são esperados muitos dos apreciadores que tem seguido os seus cinquenta anos de letras, como igualmente aqueles que só agora o conheceram através das suas criações em imagem computorizada, que são o alvo da exposição que agora encerra. Por razões oceânicas e com tristeza mútua, não poderá contar com a grande corte de seguidores no Brasil, onde editou recentemente a obra POR DETRÁS DAS PALAVRAS que foi motivo de apresentações públicas, e que

ARTISTAS - ANA RIJO

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na última MALA apresentou a peça intitulada " a um deus desconhecido", dez cilindros na vertical. foto inês silva - ccl sinais dos tempos e comum a quase todos, o tamanho e o destinatário passaram a ser outros. esta aproximação da arte ao mercado do artesanato vai encontrar iguais dificuldades , dada a comercialização global a baixo custo que coloca os mesmo produtos em todas as partes do mundo que não distingue nem origens nem qualidade.o artesanato de um país, muito tempo definido como arte do povo, e nas suas características reflectindo uma originalidade e uma filosofia de vida, é agora produzido ( até as santinhas de fátima) em massa noutras regiões do globo. a questão que pode ser posta, é se a chegada  dos artistas que perderam o mercado da classe média para o qual trabalhavam, e se aproximaram da realidade artesanal, como  propiciadora de preços mais acessíveis quer na produção quer na comercialização, não se poderia traduzir por uma nova maneira de entend

VIEIRA CALADO - 50 ANOS DE LITERATURA

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a teoria evolucionista tem um enorme senão: é que a arquitetura científica - sem ser culpada - deixa uma hipótese de conclusão abusiva: a arrogância humana julga-se a finalidade última do fenómeno da vida. não é concebível que na regulação perfeita do fenómeno vital exista um predador - agente de evolução - sem um predador: o homem é predador de si próprio.                                                                                        o homem: predador sem predador?: ( sem                                                                                    predador visível)                                                                                       nesta 6ª feira 22, 17h, vieira calado, fecha a sua exposição na antiga câmara, comemorando 50 anos de literatura. vão estar muitos apreciadores da sua obra. nesse mesmo dia , 21h30 precisas, começa o espetáculo do teatro Sainete - deodato santos- sala 1 do centro cultural, dedicado a vieira calado.

poesia sob a Figueira da Praia da Luz

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FIGUEIRA DA PRAIA DA LUZ

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DESAPARECIDOS As autoridades desconhecem o paradeiro de Vieira Calado, Francisco Castelo, Maria de Fátima, Graciete Bravo, Santa-Rita, Corine Santa-Rita, Deodato Santos, que hoje mesmo, às 21 horas, no antigo posto da Guarda Fiscal, vão apresentar as suas obras poéticas de tributo à figueira. Fontes não reveladas confidenciaram-nos e garantem-nos, que todos se encontram bem e que apenas se terão recolhido individualmente em meditação e ensaios de leitura e projeção de voz.

FIGUEIRA PRAIA DA LUZ - 6ª FEIRA

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temos uma existência extremamente limitada: o tempo que nos regula condicionando estar e pensar é medido e marcado por um muito localizado e periférico sistema planetário : ( só em aparência e se aceitarmos por ele ser regulados). foto f. castelo é já nesta sexta feira, 15, 21 horas, lua cheia, que se realiza a segunda sessão de poesia sob a Figueira da Praia da Luz, que acaba de receber a proposta de ser batizada VIEIRA CALADO. abertura e fecho com tambores tangidos por Maria de Fátima e Joanna, novos originais, mais duas poetisas, Corine Santa-Rita e Graciete Bravo. aqui mesmo no lado direito se mostra a maneira de lá chegar.

ARTISTAS - BRIGITTE VON HUMBOLDT

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BRIGITTE VON HUMBOLDT arte é tudo o que nos rodeia. mesmo a mais funcional das coisas contem sempre um pormenor uma linha de desenvolvimento que escapa à estrita necessidade de imediatismo utilitário.     foto inês silva - cc l                                numa reunião da Mala com quase todos os artistas presentes propunha, que tal como se faz em algumas regiões do espaço europeu, também por cá, as administrações locais procurassem as opiniões dos artistas de várias artes quando se trata de decidir o presente e o futuro do ambiente citadino. se é verdade que tudo é arte também temos que reconhecer que há escalões de qualidade artística e que estes não podem ser deixados ao sabor dos intervenientes que apenas tem em mente o lucro imediato, sem se preocuparem com a qualidade que é requerivel perante a durabilidade e humanização do que é construído. na citada reunião também ficava no ar a ideia de uma maior aproximação entre artistas, coisa sempre difícil de consegui

FIGUEIRA DA PRAIA DA LUZ

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ADIVINHA-SE BATISMO                 (intervenção de Pedro Magalhães Santa-Rita, na primeira sessão da Figueira da Praia da Luz - 15 junho 2011) Foi na Escola Primária, entre os seis e sete anos de idade que dei comigo a distinguir as árvores.                                                                                                                                                                                 foto inês silva - ccl Até então faziam parte de um indiferenciado mundo verde que oscilava ao vento. As três primeiras foram o pinheiro, a palmeira e a figueira, pelo grau de facilidade e existência de exemplares nas ruas e quintais da vizinhança. São árvores de uma paisagem que é nossa, com a qual nos identificamos, seja no campo, à beira-mar ou nos grandes centros urbanos. Basta olhar. Mas, se quisermos, pode acontecer que as árvores despertem em nós aquelas lembranças e sentimentos tão originais, misteriosos e profundos que se encontram inscritos na alm

a rela i(nte)rrompendo

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Um bichinho de nada. Talvez uma folha seca caída da latada. Espalmada no vidro da janela, o contra luz conferia-lhe aquele vermelho acastanhado de parra envelhecida, mas estremeceu com modo de bicho, e não seria de lhe ter dado o norte, que nem soprava vento ali naquele recanto. E eu a distrair-me do anedotário, aponto. - Rela - disseram de pronto, pausados e em uníssono, os eruditos. E eu a querer o momento, eu a querer o registo: "Zé Francisco!" a trepidar o sossego da noite, mais do que os risos que se tinham feito, mais do que o vento norte zunindo mata adentro. - Tira uma de bem perto! - insisto, e a rela aos saltinhos a fugir dos pés da gente. Perdeu-se na noite. E perdeu-se no éter aquela anedota do Zé Calado...

A RELA

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Uma excelente sardinhada em casa do Deodato trouxe esta surpresa: uma rela! É muito parecida com uma rã, mas é arbórea. Come aranhas, moscas, centopeias, formigas e vive em zonas húmidas, como esta, de abundante vegetação, mui cerca da Mata de Barão. . Foto de Francisco Lumière

FIGUEIRA DA PRAIA DA LUZ

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SEGUNDA EDIÇÃO PRÓXIMA SEMANA 15 DE JULHO (6º FEIRA) 21 HORAS  TODOS FICARÃO SENTADOS Três elementos do grupo dos Amigos da Figueira da Praia da Luz, reuniram-se na cafetaria do Centro Cultural de Lagos, a combinar pormenores. Da esq. para a dir. Deodato Santos, Vieira Calado, Santa-Rita.  foto inês silva - ccl Santa-Rita informou que vai providenciar para que haja cadeiras para todos aqueles que vierem apreciar a cerimónia, e que se prevê que sejam ainda em maior número do que na primeira edição. Desta vez juntar-se-ão a Maria de Fátima, Vieira Calado, Francisco Castelo, Santa-Rita e Deodato Santos- Graciete Bravo e Corine Santa Rita (não é familiar de Pedro Magalhães). Manuel Caneco encontra-se ausente em França. Joanna (cidadã inglesa) e Maria de Fátima ( não é a poetisa) ofereceram-se para abrir e fechar a sessão tocando tambores. A 3ª e última sessão será a 13 de Agosto, sábado, e estuda-se a hipótese de apresentar um opúsculo reunindo todas as obras que fora

cafetaria centro cultural

flash simpático ambiente na cafetaria do centro cultural com as mesas exteriores todas ocupadas. numa delas duval pestana falando de teatro, noutra henrique pereira - que continua a expor no interior alguns quadros na companhia de joel correia - tocando viola. alguns jovens em ensaios no auditório, para o espetáculo que a escola de música prepara com trechos de óperas, vinham dessedentar-se. henrique pereira, que já fez parte da OMINED, e que continua com atelier no LAC, lamentou-se a duval pestana pela sua ausência na apresentação do ultimo trabalho do encenador, dado  que anda muito ocupado com uma possibilidade de emprego em portimão. isa pestana, esposa e chegada colaboradora na encenação, e autora dos figurinos, acha que o pátio interior parece vazio, agora que dele saíram os bonecos de deodato. tiago cutileiro, foi o responsável pela vertente musical da última produção da OMINED, a partir de berlim, onde  está prestes a acabar os estudos.  a pintora tina gonçalves,

ARTISTAS - JOEL CORREIA

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                                                                                                                                                                   foto inês silva-ccl                                                                                                                                                                                                                        começou o contacto co m a pedra da maneira mais clássica  e eficaz aprendendo a conhecer o material e as ferramentas, como aluno de cantaria na batalha. já senhor de alguns segredos e da segurança da mão evoluiu então para a criação de formas , procurando materializar pensamentos e sensações. o sonho,  que tanto o impressionava nos bons autores de banda desenhada, marca-o nessa  pesquisa criativa. pensa que um dia, essa por agora pesquisa interior e onírica, poderá evoluir para um olhar mais direto sobre a realidade envolvente. seguirá o mesmo ritmo seguro, obedecendo ao mesmo principio d

rostos da cidade

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portas taipadas passados encerrados futuros preteridos desmazelos, questões de vizinhos, herdeiros desavindos, penhoras e molezas de leis que sei eu... adoecem o tecido da cidade a pele coberta de escaras e febres casas que arfam nas tardes de estio gritarão decerto os seus fantasmas pelas noites rostos cegos da minha cidade que desgosto

LUZ E ARTE

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terminei o resumo da conversa com vieira calado dizendo que o artista usando de autenticidade não é local     mas do universo. por estar em sintonia com ele seja onde estiver, acrescento agora. noite adentro segui parte de uma reportagem sobre a decadência da cidade de Detroit. a saída para os subúrbios da população branca deixando morrer a cidade já moribunda com a queda da indústria automóvel. ficou a população descendente dos escravos trazidos de África que acelerou o desmoronamento físico das habitações abandonadas. as escolas fecham o lixo acumula-se nas ruas e alguns explicam que começaram a utilizar os objectos dessa realidade para construir coisas : a arte-lixo. outros começaram a fazer hortas nos espaços outrora nobres, e a iniciativa tomou tal amplitude que já atrai pessoas de outras regiões dizendo que querem ser pioneiras do novo sonho americano. um branco diz que andam eles a bombardear e a impor democracias por todo o mundo quando a democracia americana já não existe.

VIEIRA CALADO

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50 ANOS DE LITERATURA O Poeta de Lagos, está agora a expor, na  secretaria dos antigos Paços de Concelho, obras recentes além de  toda a sua obra que preenche meio século dedicado à literatura. Pois não foi só em poesia que o autor produziu excelência, também tem obra em ficcão científica já publicada e ainda para próxima publicação. A parte da obra recente que agora exibe, e que já fora apresentada no Arteburguer da Luz, de Cristiano Cerol, apresenta uma inovação na arte de apresentar poesia. Não se trata de decorar o poema com uma qualquer sugestão de imagem, mas sim de criar, pelos modernos meios tecnológicos de programas de computador, uma envolvente que poderíamos denominar à maneira clássica, um quadro pictórico. Resultados atraentes que não são, como já se referiu, uma decoração do poema, mas sim uma totalidade, já que, a criação da imagem, tem o mesmo sopro que a criação do poema. De tal modo o autor sente o peso do resultado, que não pensou ainda em desfazer-se desses quadr