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A mostrar mensagens de março, 2011
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edir aos americanos    foto francisco castelo                                            para darem ordem à onu e à nato para criarem uma zona de exclusão de 30Km em redor da assembleia da república , para indivíduos munidos e municiados de diplomas de advogado e de economista, mesmo quando autênticos!? : ó amigo deodato! compreendo a sua ideia, fruto do seu eminente fanático e nunca desmentido patriotismo - que decerto já lhe terá acarretado algumas incompreensões - mas temo que esteja a sobrestimar as minhas possibilidades de intervenção.   o meu ajudante de campo - aquele senhor general que vai sempre na minha comitiva sempre de mãos atrás das costas - deixou em cima da minha secretária um memorando sobre a sua exposição: não está em esquecimento, 2 de de abril , 18 horas, no centro cultural de lagos.

recantos de Lagos VIII

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e na continuação do anterior: a praça e a fonte e as árvores e os pássaros que se foram com as árvores, andei devagarinho a molhar os pés numa água apenas sonhada  talvez seja dessa água que falamos quando falamos na fonte ali mesmo ao lado e no entanto hoje poderíamos tão somente fazer de conta sonhando
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  A.PEDRO CORREIA nota-se uma grande democratização da arte. há mui ta gente a fazer coisas e de tudo, e isso só pode ser bom. para os próprios em primeiro lugar e depois para a sociedade em geral. se a arte tem uma função social é aí que ela se encontra e não no artista que tenha de se preocupar com isso. trabalha vários materiais e o que procura é resolver o problema estético que lhe é colocado a cada momento pelo material que tem na sua frente. as consequências que daí possam resultar após esse momento, quer a sua projecção quer as possibilidades de vir a ser considerada um enriquecimento da cultura social, já está fora das preocupações do artista e para lá das suas possibilidades. Lagos tem uns trinta artistas trabalhando com regularidade, na Mala aparecem muitos mais mas nem todos têm actividade continuada. é um número significativo e que pela qualidade atingida deveria ser tomado em conta e que poderia ser explorado em termos de promoção da cidade, criando uma imagem cult
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                                         G astronomia   é um típico prato de aproveitamento de restos que rememora a história Aquentejo,  fazendo lembrar as migrações que fluíam para a região adjacente na época da recolta dos cereais. os migrantes de hoje na região mais a sul, vindos para a  recolta dos anéis, não lhes faltando nem restos nem tempo após o labor, e adicionando-lhes o criativo improviso com as coisas encontradas na dispensa dos locais de trabalho, criaram um prato de influências mediterrânicas, sublinhado pela generosa adição do azeite de moura - da saudosa rainha salúquia - e a que os seus criadores deram o nome " o pereirinha do mai". imaginar-se-ia que o vinho fosse um genuíno clarete algarvio mas, se quiser seguir à risca o original , sirva um "jardim da bacalhoa", que foi o que estava logo a jeito na garrafeira. é um vinho aveludado, envelhecido em cascos de carvalho, com fortes aromas a figo lampo e, os connaisseurs , poderão identifica
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Maurício Sintra 35 anos de fotografia no antigo Posto de Turismo   de Lagos, na primeira quinzena de Agosto. Local de gratas recordações pois aí funcionava a biblioteca gulbenkian, onde, com a ajuda do sr. Ribeiro, saciava a sede de conhecimento. Talvez aí tenha começado a compreensão que tem da vida, que o levaria depois a abraçar ideais  de empenhamento cívico, como aqueles que o conduziram a ser um dos fundadores do Movimento Ecológico de Lagos. Ou ainda à observação astronómica e ao consequente interesse pelo fenómeno ovni, para cujas revistas especializadas fez reportagens de avistamentos tanto de outros como próprios.  O que procura plasmar em imagem, da realidade que observa, é o pormenor estético que transcende o imediato, a sugestão poética, o enquadramento que estabelece relações. Procura que também persegue na criação poética escrita, estando representado na antologia Cinco Poetas de Lagos. Aderiu ao digital tendo esquecido o aparelho analógico nas prateleiras. Hoje j

os poemas dele* I

poema 33 - acordamos ao som das luzes Acordamos ao som das luzes coloridas na manhã que sempre chega tarde para quem espera o dealbar do dia pleno. Somos o boi paciente pachorrento que rumina a fresquidão da erva o hálito do vento limpo das origens. No decurso das horas esperamos o limite da nossa inocência ainda desprovida para a leitura de arabescos gizados na pedra prestes a reclamar o sentido duma recta. * Vieira Calado no livro POR DETRÁS DAS PALAVRAS     a ser apresentado em S. PAULO
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iili sta e vot ando verdadeiro culto a essa figura dos   espaços siderais que são os buracos negros imagino o seu inexpresso sorriso mental ao ter tido conhecimento do discurso que fiz na qualidade de comandante supremo das forças armadas. dirá  que o empenhamento das nossas forças em teatros de operações em todas as latitudes, abrirá caminho à legitimação de igual atitude por parte de ben laden , não causando admiração que desembarque em lagos na praça do infante, que parece ter sido mediúnicamente desenhada para o efeito.   foto francisco castelo   a conselho do meu ajudante de campo - aquele senhor general que vem sempre na minha comitiva de mãos atrás das costas - tendo em conta o "sobressalto cívico" de protesto contra as portagens na scut, não irei como estava a planear, discretamente e sem protocolo, à abertura da sua exposição este sábado às 17 horas no Auditório Municipal de Olhão. mas sei que será um grande sucesso.  na sua qualidade de aplicad

Ver

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Foi com o título " visibilidade " que postei esta foto no meu blogue. Poucos dias depois verifiquei uma " visibilidade total ".  Nem todos são indiferentes, na nossa cidade. . Sobre a 1ª, e por sugestão do João Menéres  (em comentário) , o Tonho - lá longe, noutro continente-  fez uma  "homenagem" ao nosso país... É ver no de-olhar , quem quiser.

restos

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recantos de Lagos VII

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nos tempos do tráfico escravo... não, não é disso e nem de caravelas o que falo se bem que seja ainda desse espaço  a gente distrai-se esquece estive sentada naquele banco a sentir-lhe o largo, o frio, o incómodo (ai os meus sessenta e tais) de não ter um apoio para o braço, o dorso... era uma manhã de inverno e sabia a pouco o sol directo, manso retardei no achar estranho: nem sombra, nem verde, nem flores foi só mais tarde que ponderei no árido da Praça do Infante a Praça da Música de outro tempo, assim, um meio deserto certo que desapareceu o amontoado que era a esplanada e mais um sei lá o quê para libertar cheiros:  tudo ao molho atrás do Infante certo que criou dimensão a praça do Henrique, mas deuses, senhores e as árvores onde? resquícios plantados serão árvores de aqui a uns anos mas justifica-se o abate?! foi abate o que se deu, ou terá sido transplante?! quem responde?! pasmo ou esterei a ficar retrógada? (na Júlio Dantas, escola, abateram outro tanto - 
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o amigo deodato está muito prolixo. será o canto do sapo? é um cumprimento que lhe faço não o comparando com um cisne. com que então outra inauguração, no próximo sábado, 19, às 17h, no Auditório Municipal de Olhão. o meu ajudante de campo - aquele senhor general que vai sempre na minha comitiva de mãos atrás das costas - falou-me que foi o Dr. Carlos Campaniço, Diretor do Auditório, romancista e autor do ensaio "Da Serra de Tavira ao Rif Marroquino, Analogias e Mitos", Gente Singular Editora , que teve a grande ideia de convidá-lo. reparei que não esteve na minha tomada de posse nem no  "sobressalto cívico" por mim saudado. à manifestação também não fui mas à tomada de posse tive que ir. ambos algarvios e sabendo pegar numa enxada, compreende o que quero dizer.
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tem-no em cima da mesa e para ele o dedo apontado, o caderno onde aponta com rigoroso e limpo traço, as imagens das ideias que vai trabalhando. é observador preciso e discreto. reflete  humor no estar e no fazer. porque na mesma intensidade como  respeita os relativiza, si próprio e  a arte. relativizar é relacionar. é fazer com que uma coisa ou si próprio deixem de ser únicas e limitadas  para serem diversas e figuras de um conjunto. AIDAN BREMNER não diz "isto é arte", "isto não é arte", mas dirá "isto fala" "isto não fala". o rosto do funcionário do terciário e dos serviços é um rosto pobre de expressão, diz ele que é perito e profissional em captar e materializar o que dizem os rostos. antes de captá-los há um rápido jogo entre o observado e o observador, e este sente quando o outro lhe está a dizer "daqui não levas nada ". talvez me estivesse a dizer isso quando me respondeu que não sabia o que era a arte, só me dand
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                                                                                                                                     amigo deodato: estou a imaginar o seu "baile da desfolhada" no pátio interior do centro cultural. 2 de abril é um sábado. e a inauguração é às 18h, não é assim?   foto francisco castelo sabe, quando chegamos a estas idades, é normal fazerem-nos homenagens. a si, é uma exposição a mim é um novo mandato. esta 4ª feira é a tomada de posse. o meu ajudante de campo - aquele senhor general que aparece sempre na minha comitiva com as mãos dadas atrás das costas - fez seguir o convite.
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  E stá a sentir-se numa fase de nomadismo. quer no desejo de continuar a ver novas paragens quer no experimentar novas plataformas de arte, que é tudo o que pode ser relacionado abarcado e trabalhado por todos os sentidos. daí que agora frequente um curso de arte doce, assim como já fez teatro com Duval Pestana no Omined, que trabalhe no Lac, que faça música com a sua banda para a qual compõe a música  e as letras, e que em cinema vá entrar em breve como protagonista nas filmagens  de uma curta metragem. HENRIQUE PEREIRA com tudo para onde se dirige o olhar do artista se pode fazer arte: o lixo nos contentores ou num canto da rua. sente-se mais um pintor, embora já tenha participado como escultor na Mala, trabalhando a pedra  com o seu amigo Joel Correia.   observa o mundo próximo e o mundo afastado, cada vez mais próximo, os problemas daqui e de lá, cada vez mais comuns. os paradoxos da comunicação: amplos meios directos e imediatos no bolso, e no entanto a sensação de qu

SALAZAR MOSCOSO

Trazemos hoje a este blog, uma figura muito interessante, do passado lacobrigense. Trata-se de Bartolomeu Salazar Moscoso, homem culto e palavroso, republicano - embora filho de gente endinheirada -, que nasceu em Lagos no dia 9 de Janeiro de 1856. Cedo se fez notar escrevendo para jornais, veiculando as suas ideias republicanas, democráticas e progressistas. Na Universidade de Lisboa, onde cursou Letras, manteve amplos contactos com figuras bem conhecidas, como Fialho de Almeida e Marcelino Mesquita. Com este último, fundou o jornal " O Académico ". Em Lagos, exerceu grande actividade jornalística, escrevendo para a " Folha Democrática ", " Notícias do Algarve " e o " Pró-Lagos ", onde também fundou um dos primeiros centros republicanos do Algarve, juntamente com José Brak-Lamy. Tem uma variada obra em poesia, patente em jornais e revistas da época, embora nunca tenha publicado nenhum livro. Viria a falecer em 1933, em Santarém, onde exerceu a