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A mostrar mensagens de maio, 2007

PRAÇA DA PALMEIRA

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.................................... A cidade organiza-se por cima da cidade: ....................................... uma pedra sobre uma pedra, uma ideia ....................................... incansável, no interior dum ovo prestes. ....................................... Organiza-se como um vulcão oculto ....................................... num colo de mulher, ou uma rosa ....................................... nos lábios, para um festejo obstinado. ....................................... Arde devagar, depois das chuvas ....................................... e regenera o sangue, as reminiscências ....................................... doutras incansáveis viagens adiadas. ....................................... Mantém a mesma nobreza de paisagem ...................................... ardida por vento demolidor, suspenso .................................... .. de memórias para a veneração dum lar. . ................................................ Vieira Calado .................

BroSam

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pommes de terre au vin rouge

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Pour 4 personne(s) 1,5 kg de pommes de terre (charlotte) 1 bouteille de vin rouge De l'eau 2 oignons 1 cuillère à soupe de farine 1 cuillère à soupe d'huile Quelques brins de thym et de romarin sel, poivre Preparation Emincer les oignons. Dans un faitout faire fondre les oignons dans l'huile. Eplucher et couper en rondelles les pommes de terre. Ajouter les pommes de terre dans le faitout. Mettre la farine, tourner, ajouter le vin et l'eau. Il faut que les pommes de terre soient couverte de liquide. La proportion eau/vin est à votre convenance (sans abuser bien sûr !). Mener à ébulition puis laisser cuire à feux doux 1h, en remuant de temps en temps. A mi-cuisson ajouter les arômates. • Calories totales de la recette : 1110 kcal • Calories : 277.5 kcal par personne • Lipides : 0 g par personne • Protéines : 3.5 g par personne • Glucides : 43.75 g par personne et voilá

FRAGMENTO II

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(frente do postal apresentado em: FRAGMENTO ) Mostremos, então, a face ilustrada deste fragmento, retalho de um passado que, de certo modo, também me pertence. Em pose, perfilam cinco artistas; à sua frente, cinco instrumentos musicais dispostos segundo o sentido estético do fotografo da época. É, de origem, um postal que servia para publicitar esta banda, que actuava em casamentos, batizados, bailes. Legendemos a imagem, da esquerda para direita: João Luis Rodrigues , saxofonista; usava óculos; era o chefe da banda. Zé Cravinho , violinista; barbeiro de profissão, na Rua Direita; não fazia parte integrante do grupo, mas colaborava sempre que a dimensão do evento o justificava. Florindo Coelho , trompetista; o único que conheço e me facilitou a informação sobre o postal. Inácio , acordeonista; cedo na vida teve problemas de saúde; perdeu uma perna; morreu cedo. João Fulana , baterista; alfaiate de profissão, às vezes, quando não podia actuar, era substituído por Zé "Cai'Log &

velhas navegações

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Lembras-te, Francisco? Lembras-te de quando reuníamos a trupe de vizinhos dos Montes da Areia e da Rua da Aldeia e, cavalgando e empunhando paus de vassoura - cavalo e espada - percorríamos em formação de combate o rossio de S. João tentando desmontar o inimigo? E de quando disputávamos o campeonato nacional de hóquei, com patins e tacos de fabrico artesanal, sem nunca sair da aldeia, sem treinadores nem repórteres? E lembras-te das viagens feitas na carcaça do velho Peugeot, de pé sobre os bancos porque as pulgas e os eventuais percevejos nos assustavam um pouco? E as travessias oceânicas numa caixa de madeira de metro e meio por noventa, desde o cais até à Ponta da Piedade? Lembras-te disso? E como era gratificante pular de barco em barco, no rio, ou no cais quando chegavam as enviadas com sardinha e carapau. Que navegações magníficas fazíamos nesses tempos. Mas era nos barcos varados no braço de rio, no acesso ao estaleiro, que viajávamos em paquetes que num só dia iam e vinham aos

LAGOS ONTEM

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Chegou

Chegou de repente Sem pé ante pé nem mais que isso como deixando lã derramando vestes desnudando corpos A brisa nem sopra nem se dobra cana nem se enfuna vela o mar é liso chegou sem medir o quanto De repente nem tempera a calma instalou-se e pronto sem anúncio sem nenhum aviso Volta-se em sorriso beija sem decoro no pescoço num adeus de choro a Primavera (caem sobre a areia umas quentes pingas - Chuva de verão! dizem)

A primeira vez

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Lembro-me muito bem de onde estava e de como soube que a minha vida futura se faria em Lagos. Estava-se em 1994 e corria o mês de Maio – acho que ainda era Maio – e os resultados da primeira parte do concurso de professores estavam para sair por esses dias. Era um intervalo entre aulas na já extinta Escola Secundária Ana de Castro Osório em Setúbal e alguém entrou dizendo que os resultados já tinham saído. Era um tempo em que ainda se conseguia “efectivar”, e, pasme-se, pedir destacamentos para escolas das zonas onde se vivesse ou para onde se quisesse mudar, se fosse esse o caso. Penso que a primeira coisa que me veio à cabeça foi o ter dito várias vezes ao longo desse ano lectivo que, caso fosse à beira-mar o local onde ficasse colocado, aceitaria o lugar e me mudaria para lá. De imediato me dirigi à secretaria a saber do meu veredicto: uma das duas escolas secundárias existentes em Lagos, a 17.ª de entre as cinquenta que havia enumerado no boletim de concurso. Lembro-me de ter dito